O debate homossexual
Há uns meses, depois de ter participado num debate sobre a adopção de crianças por homossexuais (calma, dona Arlinda, eu depois conto por que é que participei nesse debate), perguntei a um amigo homossexual (está nos cinquentas e é um ex-militante das chamadas “causas gay”) se ele era ou não a favor dessa possibilidade. Confesso que não estava à espera da resposta: «Sou contra isso. Nós somos diferentes. E casos diferentes devem ser tratados de forma diferente». (Não, dona Arlinda, o homossexual em questão não é o Zé Carlos da farmácia).
O meu amigo ainda acrescentou: «Grande parte dos homossexuais tem uma existência virada para o social, para o exterior, e isso não se coaduna com a vida caseira e recatada que uma responsabilidade dessas impõe». Por que é que o trago à croniqueta de hoje? Porque se tem falado destes temas. Porque houve esta semana, em Viseu, uma manif contra a discriminação e a violência. Porque achei interessante e surpreendente a opinião dele. E sobretudo porque acho que no debate sobre os “direitos dos homossexuais” não se devia excluir aqueles que, fazendo parte da “comunidade”, têm opiniões como esta. (Não, também não é esse, dona Arlinda, também não é o Alfredo do restaurante).
Em relação à manifestação, quero aqui deixar registado que, embora não me sinta, por uma questão feitio, um fervoroso adepto de marchas, sou a favor. Totalmente. Sim, sei que manifestações como esta têm o seu efeito. E tudo o que seja pressionar e encurralar hooligans sociais terá o meu apoio.
(Não, dona Arlinda, não é o seu marido. Eu depois conto-lhe quem é).
(publicado no dia 18 de Maio)
O meu amigo ainda acrescentou: «Grande parte dos homossexuais tem uma existência virada para o social, para o exterior, e isso não se coaduna com a vida caseira e recatada que uma responsabilidade dessas impõe». Por que é que o trago à croniqueta de hoje? Porque se tem falado destes temas. Porque houve esta semana, em Viseu, uma manif contra a discriminação e a violência. Porque achei interessante e surpreendente a opinião dele. E sobretudo porque acho que no debate sobre os “direitos dos homossexuais” não se devia excluir aqueles que, fazendo parte da “comunidade”, têm opiniões como esta. (Não, também não é esse, dona Arlinda, também não é o Alfredo do restaurante).
Em relação à manifestação, quero aqui deixar registado que, embora não me sinta, por uma questão feitio, um fervoroso adepto de marchas, sou a favor. Totalmente. Sim, sei que manifestações como esta têm o seu efeito. E tudo o que seja pressionar e encurralar hooligans sociais terá o meu apoio.
(Não, dona Arlinda, não é o seu marido. Eu depois conto-lhe quem é).
(publicado no dia 18 de Maio)