O capricho do noivo
(Pequena nota informativa que nada tem a ver com o artigo que se segue: a minha vizinha de baixo está neste momento a comemorar o Dia Europeu dos Vizinhos enviando fumarada de um cozinhado qualquer cá para cima; agradeço-lhe, a partir da croniqueta, a gentileza). Pois, já percebemos o ponto: há muito boa gente que é pelo não à Constituição Europeia porque tem medo que os países-membros, a partir do momento que se submeterem ao novo conjunto de regras, percam a identidade e a individualidade próprias. Ou por outra: para muitos, o Tratado Constitucional significa o fim das Nações - e da própria ideia de Nação.
Eu, que se calhar sou tão nacionalista quanto alguns dos partidários do não (vibro com o meu país e quero que se imponha no mundo; não tenha nada aquele discurso pseudo-internacionalista que censura até quem canta o hino nos estádios), acho que a identidade de um país não fica encurralada por este conjunto de normas. Pelo contrário.
Sabemos disso: a História, a cultura e a identidade de Portugal (por exemplo) não ficarão certamente afectadas por um conjunto de mecanismos cujo principal objectivo é fortalecer e agilizar a União Europeia. Torná-la mais incisiva em termos políticos, económicos e militares - e, por isso, mais respeitada no mundo.
Além do mais, parece-me que esta ideia de fazer tudo para que não se avance no sentido de uma maior integração política na União já não vem a tempo. Convenhamos que é uma indignação que chega bastante atrasada. Faz-me, aliás, lembrar o noivo que, à entrada da igreja, com a noiva, o padre e os convidados todos à espera, quer por força desmarcar o casamento.
Eu, que se calhar sou tão nacionalista quanto alguns dos partidários do não (vibro com o meu país e quero que se imponha no mundo; não tenha nada aquele discurso pseudo-internacionalista que censura até quem canta o hino nos estádios), acho que a identidade de um país não fica encurralada por este conjunto de normas. Pelo contrário.
Sabemos disso: a História, a cultura e a identidade de Portugal (por exemplo) não ficarão certamente afectadas por um conjunto de mecanismos cujo principal objectivo é fortalecer e agilizar a União Europeia. Torná-la mais incisiva em termos políticos, económicos e militares - e, por isso, mais respeitada no mundo.
Além do mais, parece-me que esta ideia de fazer tudo para que não se avance no sentido de uma maior integração política na União já não vem a tempo. Convenhamos que é uma indignação que chega bastante atrasada. Faz-me, aliás, lembrar o noivo que, à entrada da igreja, com a noiva, o padre e os convidados todos à espera, quer por força desmarcar o casamento.