Carrilho vs. jornalistas
Sim, esqueçam o wrestling da SIC-Radical e as porradas conjugais do Fiel ou Infiel?. Eis o duelo mais excitante do momento: a guerra entre Carrilho (para quem não o conhece, o pai do Dinis) e os jornalistas. Há miudagem a abandonar a Playstation (e os discos do Boss AC e do Valete) só para assistir aos próximos episódios - cada vez mais violentos e sangrentos. A TVI está a pensar em criar o programa A Arena das Celebridades - basicamente um combate diário entre Manuel Maria e uma data de repórteres, cronistas e editorialistas - onde vale tudo, até arremessar livros de filósofos pragmáticos americanos.
Aquilo que está em jogo é mais sério do que possa parecer. É isto, no fundo: qual dos poderes vai ganhar a guerra - o dos jornalistas ou o da personagem que foi por eles catapultada? Ou, dito de outra maneira: será que, hoje em dia, nesta lusitana embarcação, é possível um político ganhar umas eleições tendo a classe jornalística como inimiga? A ver vamos.
Por enquanto, Carrilho é o que - para citar Habermas - «tem levado mais no lombo». Em consequência também da sua delicadeza de Stallone nos artigos e nas entrevistas. Pôs-se a jeito, digamos assim. Carmona Rodrigues é tão deslavado e nerd, que não causa reacção da classe. Sá Fernandes, que transporta a aura justiceira e bloquista, tem sido poupado. Rúben de Carvalho é Rúben de Carvalho (é respeitado e tolerado, mas não causa nem entusiasmos nem ódios). E Maria José Nogueira Pinto só agora entra em prova.
Por mais que o neguem, os jornalistas conseguiram reunir esforços para destronar Santana. Vamos ver se conseguem agora liquidar as aspirações autárquicas de um filósofo truculento.
ncostasantos@netcabo.pt
Aquilo que está em jogo é mais sério do que possa parecer. É isto, no fundo: qual dos poderes vai ganhar a guerra - o dos jornalistas ou o da personagem que foi por eles catapultada? Ou, dito de outra maneira: será que, hoje em dia, nesta lusitana embarcação, é possível um político ganhar umas eleições tendo a classe jornalística como inimiga? A ver vamos.
Por enquanto, Carrilho é o que - para citar Habermas - «tem levado mais no lombo». Em consequência também da sua delicadeza de Stallone nos artigos e nas entrevistas. Pôs-se a jeito, digamos assim. Carmona Rodrigues é tão deslavado e nerd, que não causa reacção da classe. Sá Fernandes, que transporta a aura justiceira e bloquista, tem sido poupado. Rúben de Carvalho é Rúben de Carvalho (é respeitado e tolerado, mas não causa nem entusiasmos nem ódios). E Maria José Nogueira Pinto só agora entra em prova.
Por mais que o neguem, os jornalistas conseguiram reunir esforços para destronar Santana. Vamos ver se conseguem agora liquidar as aspirações autárquicas de um filósofo truculento.
ncostasantos@netcabo.pt